
Quando se acomete ao assunto, ou seja ao consumo de proteínas vegetais, vem de imediato as seguintes questões:
- Consumindo-se fontes de proteínas vegetais, estaria-se substituindo-se as fontes de proteínas animais à altura e atendendo às necessidades de aminoácidos de forma completa (essenciais e não essenciais)?:
- Quais seriam as vantagens em se consumir estas proteínas?
Este artigo vem se ater justamente a estas questões de forma a esclarecê-los da forma mais clara possível.
A atividade física regular e os hábitos alimentares apresentam efeitos positivos em várias funções fisiológicas e vêm sendo discutidos em estudos e revisões, como elementos fundamentais na melhora da saúde e qualidade de vida dos indivíduos (BARBOSA et al., 2001). Segundo Pamplona e Kazapi (2004), o impacto da nutrição no desempenho físico vem despertando a atenção de atletas e de praticantes de atividade física regular. A maior preocupação é em relação ao rendimento, que – para melhor aproveitá-lo ou maximizá-lo – envolve a alimentação.O interesse pela atividade física não é somente de atletas, mas também daqueles que buscam a promoção e manutenção da saúde (GLEESOM e BISHOP, 2000).
As proteínas ajudam no crescimento, manutenção e reparação dos tecidos, incluindo o tecido muscular, além de ajudar no funcionamento do organismo e na obtenção e manutenção de energia.Dados sugerem que o RDA para aqueles que se envolvem no exercício de resistência regular deve ser de cerca de 1,2-1,4 g de proteína / kg de massa corporal / d (150-175% da RDA atual) e 1,7-1,8 g de proteína / kg de massa corporal / d (212-225% do RDA atual) para exercicios de força.Ingestões maiores que essas recomendações não resultam em maior síntese muscular (GARCIA Jr., 2000).
O nutricionista é o profissional capaz de traduzir a ciência da nutrição para a linguagem de seu público, podendo avaliar, orientar e realizar o acompanhamento nutricional desses indivíduos.
O interesse da área clínica e de consumo é cada vez mais direcionado para o uso de proteínas baseadas em plantas na dieta, com o intuito de a preservar ou aumentar a massa muscular esquelética.
Entre as várias estratégias aplicadas para aumentar as propriedades anabolizantes de
proteínas vegetais.Pode-se citar: 1) a criação seletiva de fontes de plantas para melhorar os perfis de aminoácidos; 2) consumo de maiores quantidades de fontes de proteínas baseadas em plantas; ou 3) ingerindo múltiplas fontes de proteína para fornecer um perfil de aminoácidos mais equilibrado.
A proteína vegetal combinada com outros alimentos vegetais pode proporcionar a quantidade perfeita da substância que o organismo necessita diariamente, com a vantagem de conter baixo teor de gordura em comparação com as proteínas animais.Certamente, o objetivo de entrar em forma com uma dieta mais equilibrada e de buscar um estilo de vida saudável está cada vez mais infiltrado em nossa sociedade.
Vários trabalhos enfatizam a utilização e eficiência das proteínas vegetais em promover o ganho de massa magra e a saúde de indivíduos:
Incorporando-se um treinamento adequado a rotina diária, a suplementação com proteína de ervilha promoveu uma maior aumento da espessura muscular em relação ao placebo em especial voltado para pessoas que começaram ou retornaram a um treinamento específico. Não foi obtida nenhuma diferença com relação aos produtos dietéticos à base de soro.
O trigo, ao ser avaliado por meio da digestibilidade, se mostrou uma fonte de boa qualidade protéica, com uma digestibilidade de 89,44%, não diferindo, estatisticamente, dos valores de digestibilidade encontrada em fontes de proteínas de origem animal, como o ovo. Em um outro trabalho demonstrou-se que ao ingerir uma quantidade maior de proteína de trigo, aumenta-se substancialmente a síntese de proteínas miofibrilares taxas em homens idosos saudáveis.
Em outra pesquisa, evidenciou-se que a combinação ideal de algumas proteínas vegetais complementam a deficiência em aminoácidos de cada fonte e melhora a qualidade da proteína dietética semelhante à das proteínas animais. Combinações de proteínas vegetais ativam o mTORC1 de fígado e músculo (alvo mecanicista de rapamicina) – via de sinalização para a síntese proteíca.
Phillips et al, relataram que o soro era superior à soja na estimulação da absorção de aminoácidos durante uma resistência programa de treinamento. Entretanto, mais recentemente, Anthony et al, observaram taxas semelhantes de síntese protéica no músculo de ratos que ingeriram soro ou proteína de soja.
Além disso, vários estudos humanos não observaram diferenças em ganhos de força ou aumentos na massa magra em sujeitos treinados pela resistência que completaram suas dietas com soja ou soro de leite.
A soja sustenta ainda, um potencial para baixar os lipídios no sangue e, reduzir o estresse oxidativo e o risco de doença cardiovascular devido aos aminoácidos e fitoquímicos existentes em sua estrutura química.
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Referências:
1.Babault et al. Pea proteins oral supplementation promotes muscle thickness gains during resistance training:a double-blind, randomized, Placebo-controlled clinical trial vs. Whey protein. Journal of the International Society of Sports Nutrition (2015) 12:3.
2.Carol A DeNysschen, Harold W Burton, Peter J Horvath, John J Leddy and Richard W Browne. Resistance training with soy vs whey protein supplements in hyperlipidemic males. Journal of the International Society of Sports Nutrition 2009, 6:8.
3.Gorissen et al.Ingestion of Wheat Protein Increases In Vivo Muscle Protein Synthesis Rates in Healthy Older Men in a Randomized Trial.Nutr 2016;146:1651–9.
4.Mota, CCM et al.The mTORC1-Signaling Pathway and Hepatic Polyribosome Profile Are Enhanced after the Recovery of a Protein Restricted Diet by a Combination of Soy or Black Bean with Corn Protein. Nutrients 2016, 8, 573.
5.Pires et al.Qualidade nutricional de proteínas.Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(1): 179-187, jan.-mar. 2006.
6.van Vliet et al. The Skeletal Muscle Anabolic Response to Plant- versus Animal-Based Protein Consumption.J Nutr 2015;145:1981–91.
