Como Emagrecer IV – Dietas Restritivas

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As pessoas tendo em mente de forma bem incisiva a imagem corporal, em sua grande maioria, buscam a perda de peso não se importando se estas mudanças comportamentais ou de hábitos podem ou não trazer consequências negativas e prejuízos á saúde; neste contexto, incluem-se os resultados a curto e longo prazo e seguidos destes resultados as consequências que podem afetar seriamente a saúde. Por este motivo apelam para dietas de resolvam em pouco espaço de tempo a imagem corporal que estima. A dieta é uma das pedras angulares de um programa de perda de peso. Existem mais de 1.000 dietas de perda de peso publicadas em inúmeras edições, criando-se um enorme paradigma com um amaranhado de idéias para se conseguir traçar uma meta real e alcançar os objetivos desejados. Este grande número de regimes de dieta existentes ,sugerem claramente que nenhuma dieta foi universalmente bem-sucedida na indução e na manutenção da perda de peso. Muitos desses programas alimentares baseiam-se em evidências científicas sólidas e seguem princípios e conceitos contemporâneos de perda de peso. Outros simplesmente eliminam 1(um) ou mais dos grupos de alimentos essenciais ou recomendam 1(um) tipo de alimento à custa de outros alimentos com pouca ou nenhuma evidência de apoio. O foco desta revisão é a perda de peso, especificamente aqueles com evidências científicas mais sustentáveis e aqueles que são mais propensos a conseguir alcançar e manter o peso corporal desejável.

A abordagem tradicional para redução de peso tem sido as receitas de dietas que fornecem um consumo de energia abaixo do gasto de energia, ou seja, um déficit de energia (ou em termos de caloria comum), muitas vezes chamado de dietas de redução por dietistas. Reduzir o conteúdo energético da dieta pode ser conseguido restringindo proteínas, carboidratos ou gorduras sozinhos ou em combinação; ao mesmo tempo, um ou mais macronutrientes (Carboidratos, Proteínas e Gorduras) podem ser aumentados (dentro de uma restrição de energia geral). As permutações da manipulação de macronutrientes parecem infinitas, como evidenciado pela multiplicidade de dietas comercializadas e livros dietéticos. As dietas com restrição de energia também podem variar de forma prescritiva ou proscrita em permitir a escolha individual em relação a certos alimentos ou, em alternativa, permitir que certos grupos de alimentos macronutrientes sejam consumidos ad libitum.

As dietas com baixas calorias foram tradicionalmente definidas como uma proporção equilibrada de proteínas, carboidratos e gorduras em quantidades reduzidas para fornecer uma ingestão de energia de 800 a 1500 kcal por dia. As dietas prescritas visam atingir as diretrizes dietéticas estabelecidas para serem seguidas em todo território nacional. As dietas que atendem a esses critérios incluem dietas de contagem de calorias (flexibilidade na escolha de alimentos, com valores de energia de escolhas calculadas para atender a um total de energia diário ou semanal prescrito); dietas com baixo teor de gordura (o paciente consegue evitar ou moderar a ingestão de alimentos com alto teor de gordura); dietas de contagem de gordura (os alimentos recebem uma pontuação de gordura e o paciente instruído em escolhas para atender a um número total prescrito de unidades de gordura); dietas com baixo teor de carboidratos (restrição de carboidratos com freqüência com proteína relativamente livre ou ad libitum ou ingestão de gordura que resulta na prática na redução da ingestão de energia); dietas prescritas por energia (isto pode ser uma ingestão fixa de energia ou para fornecer um déficit de energia fixo); e as dietas de substituição de fórmula ou refeição (entre uma e três refeições diárias são substituídas por uma refeição fixa, de baixa energia ou produto dietético).

As dietas com baixo teor de carboidratos ou de baixo teor de gorduras estão entre as mais utilizadas por indivíduos que pretendem perder peso a curto prazo.

Estudos com dietas com baixo teor de carboidratos demonstram uma rápida perda de peso, sendo mais pronunciada após 3 e 6 meses em comparação com dietas com baixo teor de gordura. Após 12 meses, não há diferença entre o baixo teor de carboidratos e a dieta convencional com baixo teor de gordura na perda de peso. O mecanismo para a rápida perda de peso com a dieta com baixo teor de carboidratos é um apetite reprimido, primeiro através do alto teor de proteína da dieta, em segundo lugar pela natureza cetogênica (rica em gorduras) da dieta com sinais de saciedade para que a gordura seja ativa e a terceira pela ausência de componentes de carboidratos que promovem a fome como sacarose e/ou frutose. O tipo de carboidratos na dieta com baixo teor de gordura não parece influenciar a perda de peso, segundo várias pesquisas realizadas. Ainda, não existe a indicação de uma taxa metabólica aumentada e uma termogênese aumentada pela dieta com baixo teor de carboidratos, promovendo a queima de calorias. Portanto, a segurança e a eficácia das dietas com baixo teor de carboidratos devem aguardar novos estudos.

As evidências atuais, combinada com a necessidade de atender a todos os requisitos de nutrientes, sugerem ainda que as dietas hipocalóricas de perda de peso devem ser moderadas em carboidratos (35% a 50% de energia), moderadas em gordura (25% a 35% de energia) e as proteínas devem contribuir entre 25% e 30% da ingestão de energia, proporcionando uma perda de peso de forma paulatinosa (por etapas).Recomenda-se então, a procura por profissionais que orientem esta prática, incluindo o exame clínico, prescrição e acompanhamento dietético e, o desenvolvimento de atividades físicas para se obter uma perda de peso saudável.

Referências:

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